Hipertensão: doença que mais mata no Brasil

17/05/2019

Nessa sexta-feira (17), o Ministério da Saúde divulgou novos dados sobre hipertensão. Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) mostram também que a parcela da sociedade mais afetada é formada por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 45 a 54 anos. Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.

Saiba mais sobre os dados da pesquisa

Dados preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido à hipertensão ou a causas relacionadas a ela. Esse número revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Grande parte dessas mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.

Experiências exitosas: promoção e prevenção  

Equipes multidisciplinares dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) desenvolvem trabalhos voltados para prevenção e promoção da saúde em diversos municípios do país. Em Junco do Maranhão-MA, por exemplo, o projeto “Qualidade de vida na terceira idade” tem foco na redução do número de casos de idosos com hipertensão e na qualidade de vida dos que já possuem a doença.

“Nosso objetivo é incentivá-los a mudar os hábitos alimentares e sair do sedentarismo. Pessoas com diabetes, colesterol alto e hipertensão são a maioria nos grupos, na cidade e na zona rural”, explica a autora do projeto, Kléssia Novais. A equipe trabalha em conjunto, educador físico, nutricionista, enfermeiras e um fisioterapeuta acupunturista. “A acupuntura serve, principalmente, para reduzir a pressão arterial, evitando infartos. O município foi primeiro da região a incorporar esse tipo de tratamento, que vem trazendo resultados positivos para a população”.

O trabalho de Junco do Maranhão foi premiado na 14ª Mostra Brasil, aqui tem SUS, realizada no 33º Congresso Conasems. Assista:

 

Por: CONASEMS