Secretaria de saúde de Jenipapo dos Vieiras intensifica ações de prevenção e combate à Leishmaniose

A secretaria de saúde de Jenipapo dos Vieiras intensifica, em todo o município, Ações de Prevenção e Combate à Leishmaniose juntamente com a Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM).
Para combater a leishmaniose visceral canina e evitar casos em humanos, a secretaria municipal de saúde está reforçando o combate à doença, que incluem testes rápidos, exames laboratoriais e dedetizações em regiões consideradas de risco.
A Programação começou dia 25 de Julho e se estenderá nos próximos dois meses, quando será realizado um intenso trabalho na Reserva Indígena Cana Brava, onde que foram confirmados muitos casos da doença na região.
Para se aliar à campanha e proteger sua família, receba as agentes de endemias, permita que elas vistoriem sua residência e examinem seu cão.
A doença
A Leishmaniose Visceral é uma doença transmitida pelo mosquito palha, que ao picar o cão infectado e depois o homem ou outros cães sadios mantém ativo o ciclo da doença. A boa adaptação do mosquito palha ao ambiente urbano tem sido grande obstáculo para o controle da doença. A população deve estar alerta para a possibilidade de ocorrência da doença que, apesar de grave, tem tratamento e cura. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte tem o medicamento para o tratamento, que é fornecido pelo Ministério da Saúde.
Agente transmissor
O mosquito transmissor da Leishmaniose Visceral é o Flebótomo, mais conhecido como mosquito palha. Ele é bem pequeno, no máximo do tamanho de uma cabeça de fósforo – 1 a 3 mm de comprimento – e tem a coloração clara, como palha. Prefere picar ao final da tarde e à noite. Voa em pequenos saltos e pousa com as asas semi-abertas. Suas larvas se desenvolvem em solo úmido e rico em matéria orgânica.
Sintomas nas pessoas
A pessoa infectada pelo mosquito palha pode não desenvolver a doença e o organismo evoluir para a cura espontânea. A maioria das pessoas infectadas vai desenvolver sintomas da doença em um período de dois a sete meses, chamado de período de incubação. Os principais sintomas são:
Febre – prolongada por muitos dias
Perda de apetite e emagrecimento
Palidez e fraqueza
Tosse seca
Com o passar do tempo, o doente apresenta aumento do fígado e do baço.
Ao perceber os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar rapidamente o Centro de Saúde mais próximo de sua casa para avaliação médica e se o médico pedir, fazer o exame específico para diagnóstico da doença.
No cão
O cão aparentemente sadio pode estar contaminado e, assim, pode contaminar pessoas. Os sintomas mais comuns nos cães são a perda de apetite, emagrecimento rápido, aparecimento de feridas na pele (em especial no focinho e nas orelhas), queda de pêlos, crescimento exagerado das unhas. Podem também ocorrer diarréia e perda dos movimentos das patas traseiras. No cão, a doença ainda não tem cura nem tratamento eficaz.
Prevenção para o cão:
Usar coleira impregnada com inseticida ou produtos repelentes de ação prolongada (encontrados em lojas do ramo);
Evitar tosas no período de aumento da densidade do mosquito palha – novembro a abril.
Os banhos não podem ser muito frequentes;
Evitar os passeios com o cão no final da tarde e início da noite;
Colocar telas do tipo malha fina no canil ou na casinha do cão para dormir;
No dia-a-dia:
Limpeza dos ambientes, com a retirada de matéria orgânica de qualquer tipo: folhas, troncos apodrecidos, frutos caídos, fezes de animais. Depois da limpeza, ensacar e retirar do local;
Fazer capina de mato rasteiro e aparar os gramados:
Podar as árvores e os arbustos para diminuir o sombreamento excessivo e jardins e quintais e a umidade excessiva do solo;
Embalar e armazenar o lixo corretamente. Não jogá-lo em lotes vagos e barrancos;
Evitar produzir e armazenar adubo orgânico (esterco, folhas, restos de vegetais) em área urbana. Se não for possível, cobri-lo com uma camada de terra, cal ou lona plástica;
Caso a pessoa precise usar adubo orgânico em hortas, pomares ou jardins, deve cobri-lo com uma camada de terra ou cal;
Evitar alojar os animais próximo ao domicílio, como canis e galinheiros, pois estes locais podem ser abrigo e alimento para o mosquito palha.
Limpar os lotes vagos com capina, poda e retirada de entulhos e lixo.