Seminário debate implementação da saúde dos povos indígenas no MA
Seminário debate implementação da saúde dos povos indígenas no MA
isalena
sab, 11/12/2016 – 19:10
A presidente do COSEMS/MA –Iolete Soares de Arruda esteve participando da mesa de abertura do Seminário Estadual de Gestão e Implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. A solenidade de abertura ocorreu na terça-feira(17), no auditório do Conselho Regional de Enfermagem – COREN, no Renascença.
Durante dois dias técnicos estiveram debatendo os mecanismos para uniformizar as informações sobre a política de saúde indígena e, ainda, definindo os mecanismos de gestão e co-gestão em âmbito estadual.
Em rápidas palavras, a presidente ressaltou a importância de levar a atenção básica a essa população. “Este é o momento de construção, de firmar parceria a fim de fortalecermos a atenção básica no Maranhão, pois somente assim conseguiremos mudar essa triste realidade”, pontuou Iolete.
O secretário de Saúde do Estado – Marcos Pacheco, que durante 15 anos atuou como médico em aldeias no município de Barra do Corda, enfatizou que a realidade indígena é muita complexa. “Mesmo com uma década e meia de experiência, ainda não aprendi a trabalhar com os povos indígenas, por isso defino a saúde indígena como extremamente desafiante, porém estamos aqui reunidos para vencer este obstáculo”, disse o secretário.
Embora não seja uma tarefa fácil, Pacheco concluiu ressaltando que o Maranhão precisa melhorar os indicadores sociais. Para a representante da Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI do Ministério da Saúde – Daniele Cavalcante, essa missão de levar à atenção básica as aldeias é um processo único e que precisa ser compactuado, devendo receber uma atenção especial. “Precisamos compensá-los de alguma forma, pois eles já estavam aqui quando chegamos, e sem pedir licença, invadimos o habitat natural deles”, finalizou Daniele.
Nos dois dias, vários temas foram debatidos em painéis e oficinas. Nos grupos temáticos das oficinas, por exemplo, debateu-se a atenção à saúde da criança, adolescente, mulher, adulto e idoso, alimentação e nutrição, saúde mental, DST/AIDSs, entre outros. A vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e saúde do trabalhador também foram debatidos.